Desde pequena fui ligada ao
teatro. Mas que criança não é? As nossas próprias brincadeiras e nossa forma de
enxergar o mundo penso eu que são dignas de um ator quarentão. De qualquer
forma, cresci com o sonho de fazer teatro, de ser atriz.
Quando
tinha 13 anos, entrei no Teatro Escola Macunaíma para fazer um espetáculo
infantil pela primeira vez. Nunca vou esquecer aquela sensação de estar no
palco, colocar o figurino, aguardar o público. Dizem que isso vicia, e eu
acredito!
Com
15 anos comecei a fazer o curso profissionalizante de atores também do Teatro
Escola Macunaíma, e lá já tinha quase certeza de que era isso o que eu queria
para a minha vida. Porém, na hora de prestar vestibular, escutei meus pais e
prestei Rádio e TV na Faculdade Cásper Líbero para ter mais uma opção
profissional.
Mal
sabia eu que no meio da faculdade me formaria como atriz e começaria a dar
aulas de teatro para crianças. E sabia menos ainda que o fato de dar aulas me
faria mudar 100% meus planos e sonhos: antes pensava em ser preparadora de
elenco de cinema e televisão. Hoje, penso em trabalhar com produção cultural e
educacional, levando para aqueles que recebem tão pouco o muito da nossa
cultura. Não sei qual dos dois sonhos é o mais difícil.
Baseado
nessa vontade, criei um projeto juntamente com a Cia de Teatro Olhares (onde
também sou atriz) usando a linguagem do teatro para conscientizar adolescentes
e jovens sobre as questões universais do ser humano e do homem contemporâneo.
Dou aulas todos os sábados em um espaço cedido pela ONG de Edu comunicação
Viração, e tenho como alunos os próprios alunos da ONG e alguns outros de fora.
Saber
que uma arte pode mudar a vida de alguém e pode alterar a realidade é a minha
linguagem. Quero viver cada vez mais de arte e de cultura, espalhando ainda
mais essa nossa paixão que só quem sente entende.
Tento ao máximo cuidar do nosso teatro com todo o
respeito, como um santuário, e tratarei do mesmo modo tudo aquilo o que aprender na vida e nos palcos. O teatro, acredito eu, é a arte mais pura e
mais perigosa que o homem inventou, não podemos maltratá-la e desrespeitá-la.
Fico
aqui no Brasil na vontade e na esperança de cada dia mais termos orgulho de
sermos atores e agentes culturais. Tenho a esperança de que um dia irão honrar o nosso modo de fazer arte e entender nossa maneira de ver a vida. Somos muitos e com diferentes visões, "Olhares". E tenho fé em Deus, nos Orixás, em Maomé, Alá, na natureza que um dia nada será tão difícil na arte.
No momento estou como a maioria de nós: em busca de parcerias de trabalho, no corre para concretizar os projetos e na vontade de fazer acontecer.
Trechos da Carta de Interesse para a Oficina de Eugênio Barba, que irá acontecer nos dias 1 a 6 de novembro no Sesc Belenzinho. http://girasp.com.br/2013/10/oficina-com-odin-teatret/
Então. Beatriz, tenho pedido a Deus algumas bênçãos e vou pedir por vc. também. Uma delas é poder um dia patrocinar projetos assim, de pessoas com eu e vc. que cremos no Deus Supremo, sem importar de que forma é vivida e simbolizada esta fé. Sou como vc.: tenho paixão pelas pessoas, pela natureza.Também creio na arte como instrumento de transformação de vidas. Tenho alguns amigos em BH e vou compartilhar seu projeto. E espero que tudo se faça bom e que, nós consigamos realizá-los, pois só de serem pensados já fazem a diferença.
ResponderExcluirprojetonopapel.blogspot.com.br - se precisar de algo pode contar !
ResponderExcluirótimas palavras !!
ResponderExcluirEntendo o quer dizer o teatro realmente é uma droga viciante <3