Se quiser se juntar à nós, é só chegar na Rua Augusta, 1239 e interfonar na Viração. Estamos abertos, principalmente para novas opiniões!
Adriane Tunes e William Vasconcelos |
Alguns alunos e convidados. |
Rodrigo Inamos, da Cia de Teatro Olhares e Convidado |
Neste mês que se passou, o nosso tema foi mais filosófico: "Felicidade", com cenas a partir de partituras corporais. Está claro que felicidade é um tema recorrente em artigos, facebooks, conversas de botequim... Cada vez mais o homem se pergunta se ele conseguirá um dia descobrir o que é a felicidade.
Alunas e convidada. |
Na aula aberta, chamei um casal de convidados: Adriane Tunes, atriz, pedagoga e psicóloga e Willian Vasconcelos, pensador (não se considera um filósofo mesmo tendo feito filosofia) e músico. Ambos com uma cartela cheia de opiniões, livros e músicas que tratavam sobre o tema.
Muito bom perceber que existe gente da minha geração (18 a 30 anos) a fim de discutir e filosofar um pouco sobre a vida. Todos ficaram atentos às questões colocadas. Silenciosos. E por incrível que pareça, por 1h30min! Aquela história de que a minha geração não se interessa por nada me pareceu mentira naquela hora.
Sobre o tema felicidade, fica claro que o homem não consegue - e não deve- definir. E que a cada minuto tentando saber o que é, o que significa, quer dizer 1 minuto angustiante a mais da não resposta. Confesso que fiquei aliviada ao saber que ninguém, nem o Dalai Lama conseguem definir. Talvez pare um pouco para pensar e sentir pequenos momentos de alegria, assim a tranquilidade me deixaria mais feliz. O importante é saber e perceber que cada um tem um motivo e momentos de alegrias extremas, e que não é ruim sentir tristeza. Para Pascal (estou correta, Willian?) o homem é um ser de tédio. Por mais triste que seja concordar com isso, eu concordo. Mas triste porque? Não estamos todos a todo momento tentando procurar algo que nos faça sentido? E quando encontramos este "algo", logo tratamos de encontrar outro "algo" que nos complemente porque o outro "algo" já nos cansou? Acredito que essas sensações de "quero mais" (e não cito coisas materiais aqui) fez o homem descobrir grandes coisas. Mas existem coisas além do próprio homem que seria chato demais se ele soubesse a resposta. Afinal, a graça e a dor da vida são as dúvidas!
Este mês teremos o tema "Tempo" na linguagem do naturalismo. Acho que em uma cidade como São Paulo, onde 24 horas não são o suficiente, responder o que seria esse tal de tempo, ou ao menos tentar, seja útil e confortador, como foi a discussão sobre felicidade.
O Tempo eo Caos são dois grandes barões, decisivos na vida de cada pessoa, são ciclos tambem de definição e crescimento, sabemos que toda filosofia e tambem o teatro tem origem na Grecia; e é assim que recebemos dessas origens a filosofia, a matemática, a arquitetura, e voltando ao tema principal o teatro, a Genealogia do Todo estava no Caos, antes que existisse o primeiro deus: Chronos, o Tempo, e a materia com a ordem foram então criados ou passaram a existir no palco da historia. Quando voltamos ao caos primordial , reordenamos nosso desenvolvimento para criar soluções de existencia, tomar decisões para a vida, assumir novas propostas , criando meios e assim o tempo é decisivo, nossas soluções devem caber em um tempo que é determinado por vetoriais da nossa vida, forças dinamicas ou inercia continua de um sistema em que socialmente vivemos ou sobrevivemos...Daí o tempo nos dará ou produzirá em nós uma resposta ou multiplas respostas , poderá tambem tangenciar a continuidade material e porisso convivemos sempre com essas duas forças principais na nossa vida.
ResponderExcluirEu acrescentaria ainda concretamente a peça que não teve grandes montagens intitulada "Os Ossos do Barão" de Jorge Andrade, mas é considerada um texto clássico do teatro brasileiro; e assim acabou sendo transformada em série pela Rede Globo.
ResponderExcluirMostra a ação do tempo quando visto como ciclo, exemplo sobre países que são fornecedores de materia prima e dependem assim da economia dos seus compradores que beneficiam essa materia prima e a revendem aos fornecedores delas, transformada já em produtos no mercado de consumo. Assim quando o 1º mundo entra na crise de 1929, isso afeta a sociedade como um todo, um corpo integrado para toda a humanidade, dessa forma o ritmo do espetáculo cria a visão do tempo para o espectador, pela evolução de uma historia que é baseada na economia e suas transformações passando-se do ciclo do café, agrario para o ciclo da industrialização paulista com a formação de novas fortunas e dissolução das antigas por força da artificialização dos preços pelas bolsas que jogam com açoes de empresas e fabricam valores que nem sempre são reais e podem dessa forma quebrar de uma hora para outra!
Foi dessa banalização que Fritz Lang através de Dr Mabuse criou a máxima :"tudo na vida é um jogo".
Vale a pena visitar a página: www.sbat.com.br e verificar mais assuntos sobre teatro.
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